Dia 05 de Julho de 2008, às 14H50, a Aeronave A320 da TAP, descolou do Aeroporto da Portela - Lisboa, Voo 1817, com destino à Ilha do Pico - Açores, onde aterrou às 16H40.
Viagem maravilhosa, muito serena, a cerca de 11500 m de altitude e a uma velocidade de cerca de 900 Km/hora.
Esperavam-me os meus Queridos Amigos Luís e Maria Evelina.
Levaram-me para esta bela e hospitaleira casa,
Aqui me trataram como um príncipe, durante uma semana.
Onde, durante a noite, sempre adormeci ao som das ondas do mar, que batem nas rochas a cerca de 20 metros, naquela bela e pacata Freguesia de Praínha do Norte.
Em volta da casa, da janela do meu quarto, contemplava, todas as manhãs um belo pedaço de milho.
Do outro lado, bem viçosa, crescia a olhos vistos num talhão a batata doce.
Entre os muros e o milheiral, bem tratados, crescem também os inhames, cujo tubérculo devidamente cozido e bem preparado, servido com linguiça, faz o prato mais apreciado da região.
Uma recepção inesperada. Mas que maravilha entrar na Praínha do Norte em clima de festa rija.
Inesperadamente, no Caminho do Porto, ouve-se um foguete a estalar. Deu o sinal de que a festa ia começar, pelas Ruas da Freguesia, para que todos os habitantes estivessem atentos, não viessem a ser surpreendidos com o passar dos toiros que iam ser largados, numa tourada à corda.
O público dirigiu-se para o Porto, para ver mais de perto a corrida dos toiros.
Cada um se coloca como pode, em pontos mais altos e de difícil acesso para os toiros, para não serem colhidos.
O toiro saltava muros e por tudo quanto é sítio na perseguição dos mais destemidos que o atormentavam.
O que o público mais ansiava que era ver o toiro a tomar banho, deu-se:
O bicho descuidou-se, entrou na rampa, escorregou e, trambolhando, entrou pelo mar dentro e foi ao banho, enquanto o público presente soltou enorme gargalhada.
Apesar das dificuldades, lá foi saindo daquele lugar, obedecendo aos chamamentos daqueles que queriam continuar a torturá-lo.
Mas, inesperadamente, perseguindo os seus torturadores, descuidou-se e foi de novo à água, só que, agora, trambolhou sobre as rochas e foi cair na ravina, local de onde não conseguia sair sem ajuda.
Obrigou a que, aqueles que com ele mais queriam brincar, tivessem que descer ao mar e ali se agarraram ao bicho conforme puderam, uma vez que naquele local ele foi obrigado a ficar calmo, porque nem se podia mexer, e assim o conseguiram ajudar a sair da ravina.
Festa rija. Muito boa, para quem, como eu, nunca presenciou ao vivo. Não há dúvida que foi uma bela surpresa. Uma festa muito animada, como as fotos documentam.
No inicio e no final da lida de cada toiro, são lançados foguetes, para prevenir as populações. Fecham-se os portões das casas e das quintas, para evitar surpresas com visitas desagradáveis.
Numa única palavra, pelo ambiente que se vive e pela forma como as populações em geral e os amigos nos recebem "maravilhoso".
Em Beijoz, até ao Quebrar dos Púcaros ainda é FESTA!
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As festas na aldeia de Beijoz são quase sempre debaixo das Carvalhas
frondosas do Parque Arnaldo de Castro ao lado da antiga escola primária:
as Feirin...