19/07/11

RECORDAR É VIVER - IR A CASCAIS PELOS CAMINHOS DE OUTRORA

: Fwd: VIAGEM ILUSTRADA AO PASSADO - LINHA DE CASCAIS (Lisboa)


VIAGEM ILUSTRADA AO PASSADO
'Em cada estação havia um chefe...
Ele usava além da farda do ofício, e para despacho do comboio, duas bandeirolas e duas lanternas, uma vermelha e outra verde, que muito intrigavam as crianças. Mas o seu adorno principal era uma enorme campainha de cabo, uma campainha do tamanho de um sino pequeno, que empregava com ares de comando' 

Quem diariamente, com olhar distraído, faz o percurso entre Cais do Sodré e Cascais, dificilmente imaginará o pitoresco e emoção de uma viagem, neste trajecto, feita pelos nossos avós, no século passado. 
'A viagem era morosa, poeirenta, fatigante, sacudida de solavancos. Vestia-se às vezes um guarda-pó para ir a Cascais. Uma poeira grossa, encarvoada, entrava pelas janelas do comboio e metia-se sem pedir licença, nos olhos de cada um  mas não alterava a alegria do passeio, nem a beleza da paisagem marítima, nem o encanto da serra de Sintra a coroar o horizonte terrestre'. 
A Linha, que então era apelidada de ramal, começou por ter o seu início em Pedrouços e não no Cais do Sodré, como viria a acontecer anos mais tarde. 
 


Cais do Sodré

Pedrouços
Vindo do lado da Baixa Pombalina, o alfacinha tomava um dos vapores da empresa Lisbonense  e rumava a Pedrouços, para aí fazer transbordo e seguir viagem em direcção a Cascais. A viagem de omnibus ou de 'americano'   além de morosa não era muito agradável, pois a estrada municipal que ligava Lisboa aos arredores, para além do Aterro (Santos), era poeirenta e esburacada, sendo o caneiro de Alcântara, mais um obstáculo para quem o quisesse  fazer  por via terrestre. 
 


Estação Vap. Lisbonenses

Americano no C. do Sodré
Iniciada a viagem,  de costas voltadas para a Torre de Belém e para o Mosteiro dos Jerónimos, o comboio atravessava a Ribeira de Algés e parava nesta estação, que estrategicamente se situava na confluência da estrada de Carnaxide com a estrada Real. 
 


Estação de Algés

Recta de Algés
Algés era então uma pequena aldeia, dos arredores de Lisboa cujo núcleo de casario se situava na sua parte alta. 
Seguia então o comboio, em linha recta para o Dafundo, que tinha apenas um apeadeiro, que se situava junto ao aquário Vasco da Gama. 
Cruz Quebrada, a próxima estação, está situada na margem direita da Ribeira do Jamor, tal como hoje,  junto à pequena praia de banhos. 
 


Estação da Cruz Quebrada

Gibalta
A linha segue depois junto ao sopé das colinas da Boa Viagem e da Gibalta, em terrenos conquistados ao rio. Os mais velhos quando aqui passam, ainda recordam o desabamento de terras, que em Agosto de 1958, provocou a morte a muitos passageiros que seguiam nessa altura no comboio. 
Caxias, a próxima paragem, fica virada para o forte de S. Bruno. Aqui terminava a via dupla e a linha afasta-se um pouco do rio. 
 


Estação de Caxias

Estação de Paço d'Arcos
Dirigia-se depois a Paço d'Arcos, com a sua elegante praia de banhos. Passava por enormes pedreiras em Santo Amaro, que ainda não tinha estação, e, atravessava a Ribeira da Laje, pela maior ponte da linha, alcançando Oeiras. 
 


Ponte de Oeiras

Estação de Oeiras
Carcavelos está à vista, e por entre pinheiros e vinhas (que davam o famoso Carcavelos) a linha continua dirigindo-se à Parede, cuja praia era, e ainda é, considerada como uma bênção da natureza para quem tem problemas de ossos, atravessando-a pelo meio da povoação. Passa-se a Baforeira e a linha flecte um pouco para o interior. Atinge-se os Estoris. 
  
 


Estação de Carcavelos

Estação da Parede
No traçado original, apenas S. João do Estoril tinha estação de comboio. Só posteriormente foram construídas, além da do Estoril propriamente dita, a de S. Pedro e a do Monte. 
S. Pedro do Estoril, que ainda nos anos vinte se chamava de Cai-Água , teve a sua estação de caminho de ferro, graças aos esforços de Nunes dos Santos, proprietário dos antigos Armazéns do Chiado, que ali tinha comprado uns terrenos e que ofereceu o espaço e o dinheiro necessários para a construção de um apeadeiro, certamente tendo em conta, a valorização dos terrenos de que era proprietário. 
 


Estação do Estoril

Muralha do Monte Estoril
No troço entre os Estoris e Cascais, a linha volta a aproximar-se do Oceano, tendo também por companhia, o verde dos pinheiros do Estoril e o escarpado das terras do Monte. 
Cascais,  vila piscatória, com os seus palacetes  é o fim da viagem e da Linha. 



Estação de Cascais (interior)

Estação de Cascais (exterior)
Inaugurada a 30 de Setembro de l889 e electrificada em 1926, a exploração de linha, começou com 18 carruagens de 1ª classe, igual número de 2ª classe, e, 30 de 3ª classe, custando a viagem entre os dois extremos, 480 réis 240 e 150 réis, respectivamente. 
No primeiro ano, foram vendidos 615 592 bilhetes, sendo 14339 de 1ª classe, 285 564 de 2ª e, 315 689 de 3ª classe. 
No período compreendido entre 1918 e 1976, a linha foi explorada pela Sociedade Estoril. 
O traçado da linha, durante a sua centenária existência foi apenas modificado em pequenos troços, com vista a encurtar distâncias a suprimir passagens de nível ou ainda, aproxima-la do Tejo e do Atlântico. 
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By Vicente Martins

01/07/11

ANIVERSÁRIO DA FORÇA AÉREA PORTUGUESA

2011.JUL.01-02-03 - FESTA DA FORÇA AÉREA EM SINTRA

Durante este fim de semana,  a Força Aérea Portuguesa vai comemorar o seu 59.º Aniversário, cujo evento vai decorrer na Base Aérea n.º 1 - Sintra.
Estamos certos que irá ser um fim de semana muito animado.
Vamos tentar estar lá mais uma vez!

07/06/11

A FELICIDADE

ONDE ESTÁ 
E EM QUE CONSISTE 
A FELICIDADE?
No nosso ponto de vista, "Ser feliz", será um sonho de qualquer cidadão que se movimenta na crosta terrestre.
Cada cidadão é feliz, por vezes um pouco à sua maneira, quando nada lhe perturba a sua consciência, está bem com tudo o que, legalmente, realiza e não tem por perto alguém que lhe aponte os seus defeitos ou o massacre com situações adversas.
"Ser Feliz" também é sentirmo-nos contentes, alegres, com as venturas  que vemos nas acções de quem está mais perto de nós.
"Sózinho" é mais difícil o ser humano ser feliz.
Ele para se sentir bem tem que ter alguém por perto que o aceite no meio de uma comunidade e que aceite também a utilidade dos seus préstimos. Ter alguém que o  estimule e lhe dê conforto nas horas mais difíceis da vida.
Podemos sentir alguma felicidade isolados, quando não temos à nossa volta quem nos imponha regras que exijam de nós outra postura que não a de uma sã convivência em sociedade. A ausência dessas exigências, permite que cada um sinta total liberdade para ocupar determinado espaço e para fazer o que muito bem entende, sem invadir a privacidade ou a propriedade dos outros.
Para "ser feliz" o ser humano tem que observar regras e direitos próprios e alheios.
Cada um só poderá ser feliz em pleno com aquilo que é seu.
Contudo, poderemos sentir outro estado de felicidade mais fraterno, quando,  não possuindo tudo aquilo de que necessitamos, vem ao nosso encontro a boa vontade dos outros. A nossa felicidade, quando recebemos, irá reatar-se com a felicidade de quem nos ajuda.
Quem vem ao nosso encontro anima-se e fica contente por poder ser útil e,  com esse gesto,  consegue aumentar também o seu estado de felicidade.
A verdadeira felicidade consegue-se quando se dá e quando se recebe.
Creditar,  enaltecendo as virtudes do nosso semelhante e desvalorizando as suas fraquezas, é pecúlio que amealhamos sempre em proveito próprio.
A nossa utilidade perante os outros deverá ser motivo de orgulho. Com isso aumentamos a  nossa felicidade.
Vivendo a pensar nos outros, estamos seguramente a contribuir para o nosso e para o bem estar do nosso próximo.
Concluímos assim que o bem estar da humanidade é um estado de felicidade, quando a felicidade é ela um estado de alma em total harmonia com tudo aquilo que nos rodeia.

23/05/11

NESTE DIA

23.MAI.2011
?   Quantas Saudades? 

09/04/11

A EUROPA?


«« Imagem da Net

UM RETRATO DE FAMÍLIA

Mas parece-nos que está assim meio torcido!
Não se percebe muito bem, mas...

05/04/11

CONTRA A MÃO... OS OUTROS VÃO PELO LUGAR ERRADO

UMA FORMA DE ENCARAR A REALIDADE DE PORTUGAL E A POSTURA DE QUEM NOS GOVERNA

« Joaquim Letria, conceituado jornalista da nossa praça, dispôs-se a escrever um dos seus pensamentos.
Achamos muito engraçado o seu raciocínio.
Ele brinca com a desgraça de Portugal, para realçar as realidades dos problemas que nos afligem. 

Vale a pena ler:


"FUGIR? PARA ONDE?

SÓCRATES parece aqueles velhinhos que se metem pelas auto estradas em contra-mão, com o Teixeira dos Santos no lugar do morto, a gritarem que os outros é que vêm ao contrário.

De rabo entre as pernas, fartinhos de saberem que estavam errados, não conseguem agora disfarçar o mal que nos fizeram. Ainda estão a despedir-se, agradecidos, do Constâncio, e já dão a mão a Passos Coelho, que lhes jura que conhece uma saída perto e sem portagem.

Estamos bem entregues! Vão-nos servindo a sopa do Sidónio, à custa dos milhões que ainda recebem da Europa, andam pelo mundo fora sem vergonha, de mão estendida, a mendigar e a rapar tachos, tratados pelos credores como caloteiros perigosos e mentirosos de má-fé.

Quando Guterres chegou ao Governo, a dívida pouco passava dos 10% do PIB. 15 anos de Guterres, Barroso, Sócrates e de muitos negócios duvidosos puseram-nos a dever 120% do PIB.

Esta tropa fandanga deu com os burrinhos na água, não serve para nada e o estado do próprio regime se encarrega de o demonstrar. Falharam todas as apostas essenciais. Todos os dias se mostram incapazes. Mas com o Guterres nos refugiados, o Sampaio nos tuberculosos e na Fundação Figo, o Constâncio no Banco Central e o Barroso em Bruxelas, a gente foge para onde? "
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O que dizem eles quando os acusam de responsáveis?
Não!
- O responsável é o povo... que os elege e lhes dá poderes para nos calcarem a pés!

21/03/11

DEIXAI FALAR...ENQUANTO A ESPERANÇA FOR TUA...

COISAS TÃO BONITAS E ACTUAIS QUE TÊM ESTADO NOS BASTIDORES ESCONDIDAS...
( Imagem tirada da internet)
Por vezes vale a pena perder um pouco de tempo e dedicarmo-nos a pesquisas da Internete, mesmo quando os amigos também andam distraídos. E tudo a correr...
O Paco Bandeira, Grande artista da nossa Praça, aquele que canta pronunciando completamente todas as palavras dos seus versos, aqui também fala claro.
Gostámos da música acompanhada das imagens, que, para nós, poderá constituir uma sátira, e por isso, aqui fica para os nossos estimados leitores apreciarem.

15/03/11

O POVO PAGA A CRISE

COMO ANDAM AS FINANÇAS PORTUGUESAS NAS MÃOS DE OPORTUNISTAS
De esperamos agora? Vamos ter as mais dispares justificações!
Como será?
"É caso para perguntar "...quem será o pai da criança..."
"Secretário de Estado da Justiça autorizou no ano passado pagamento de verba reclamada pela procuradora Maria da Conceição Fernandes por acumulação de funções, apesar das posições contrárias do anterior secretário de Estado e do Ministério Público." »»»

04/03/11

A TI... PAI

1961MAR04  - AQUELE DIA
Aquele dia da tua definitiva partida.
Naquela tarde em que todas as diligências falharam para garantir a tua presença no seio da família.
Vimos a tua partida!
Inesperadamente, deixaste a casa, mulher, filhos e restantes familiares. Nós que ficámos, caímos num imenso vazio.
De vez em quando, parece recebermos a tua visita, porque cremos que nunca nos abandonaste.
Mesmo ausente, cremos que estás sempre perto de nós.
Tinhas 49 Primaveras, que cessaram há 50 anos, cujo tempo nos atenuou o  sofrimento e nos conduziu à consequente resignação.
Recebe esta humilde homenagem neste dia.
Um Beijo de teus filhos.

14/02/11

O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO SERÁ UMA BOA OPÇÃO?






ESTAREMOS A ATRAIÇOAR A LÍNGUA E A CULTURA PORTUGUESAS?
"Acordo Ortográfico ... em «direito comparado»
Vejam alguns exemplos:
Em Latim
Em Francês
Em Espanhol
Em Inglês
Até em Alemão, reparem:
Velho Português (o que desleixámos)
O novo Português (o importado do Brasil)
Actor
Acteur
Actor
Actor
Akteur
Actor
Ator
Factor
Facteur
Factor
Factor
Faktor
Factor
Fator

Tact
Tacto
Tact
Takt
Tacto
Tato
Reactor
Réacteur
Reactor
Reactor
Reaktor
Reactor
Reator
Sector
Secteur
Sector
Sector
Sektor
Sector
Setor
Protector
Protecteur
Protector
Protector
Protektor
Protector
Protetor
Selection
Seléction
Seleccion
Selection

Selecção
Seleção

Exacte
Exacta
Exact

Exacto
Exato



Except

Excepto
Exceto
Baptismus
Baptême

Baptism

Baptismo
Batismo

Exception
Excepción
Exception

Excepção
Exceção



Optimum

Óptimo
Ótimo
Se a origem está na Velha Europa, porque é que temos que imitar os do outro lado do Atlântico.
Mais um crime na Cultura Portuguesa e, desta vez, provocada pelos intelectuais da Língua de Camões"

Não nos parece que os intelectuais tenham razão para aceitar as alterações que o Brasil vem colocando na literatura portuguesa. 
Estamos a desprezar as origens das nossas palavras para seguir algum facilitismo do português Brasileiro.
Isto dará para pensar, porquanto outras línguas igualmente latinas mantêm a raiz das palavras.
Nós continuamos a escrever em português como aprendemos no século passado.
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By Willoughby