12/02/09

DE BEIJÓS > ÀS ILHAS DA BRUMA

Ilhas de Bruma  Autor: José Ferreira Ainda sinto os pés no terreiro Onde os meus avós bailavam o pezinho A bela Aurora e a Sapateia É que nas veias corre-me basalto negro E na lembrança vulcões e terramotos Por isso é que eu sou das ilhas de bruma Onde as gaivotas vão beijar a terra  Se no falar trago a dolência das ondas O olhar é a doçura das lagoas É que trago a ternura das hortênsias No coração a ardência das caldeiras. Por isso é que eu sou das ilhas de bruma Onde as gaivotas vão beijar a terra

Trago longe a saudade esta amargura

Só o vento ecoa mundos na lonjura,

Mas trago o mar imenso no meu peito

E tanto verde a indicar-me a esperança. 

Por isso é que eu sou das ilhas de bruma Onde as gaivotas vão beijar a terra

É que nas veias corre-me basalto negro No coração a ardência das caldeiras O mar imenso me enche a alma E tenho verde, tanto verde a indicar-me a esperança.

Como é bom viajar de Beijós às Ilhas de Bruma, para recordar aqueles momentos inesquecíveis, que outrora vivemos...

Eu sou das Ilhas de Bruma

Para a Azoriana

 

 

ILHAS DE BRUMA

 

Ainda sinto os pés no terreiro

Em que meus avós bailhavam o pezinho,

A bela aurora e a sapateia

É que nas veias corre-me basalto negro

E na lembrança vulcões e terramotos.

 

Por isso é que eu sou das ilhas de bruma

Onde as gaivotas vão beijar a terra

Por isso é que eu sou das ilhas de bruma

Onde as gaivotas vão beijar a terra.

 

Se no falar, trago a dolência das ondas

O olhar é a doçura das lagoas

É que trago a ternura das hortênsias

No coração a ardência das caldeiras.

 

Trago o roxo, a saudade, esta amargura

Só o vento ecoa mundos na lonjura

Mas trago o mar imenso no meu peito

E tanto verde a indicar-me a esperança.

 

É que nas veias corre-me basalto negro

No coração a ardência das caldeiras

O mar imenso me enche a alma

Tenho verde, tanto verde, tanta esperança.

 

Letra e música: Manuel Medeiros Ferreira

Intérpretes: Paulo Andrade, Susana Coelho,

José Ferreira, Luís Gil Bettencourt

Álbum: “7 ANOS DE MÚSICA

2 comentários:

  1. Nunca é tarde, e tarde é nunca procurar. Procurei pelo mar e encontrei esta dedicatória que já conta ano e tal. É bom encontrar seja o que for que nos toque o coração e esta "dádiva" tocou-me.
    Obrigada e desculpe a demora mas nunca é tarde para agradecer o que nos faz viver.
    Beijinho

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  2. Olá Rosa Silva!
    Realmente, nunca é tarde, quando o nosso coração contém o berço que nos embalou!
    É maravilhoso pesquisar e encontrar alguma coisa que fala das nossas raízes, daquele canto que nos viu nascer e que nos embalou e continua, ainda que de uma forma mais sentida, a embalar-nos.
    Podemos encontrar canto mais bonito, mas para cada um de nós, o local onde respirámos autonomamente pela primeira vez deixa-nos vacinado para o resto da via. É o nosso Canto.
    Seja Bem-vinda e continue a passar!

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