1500.ABR.22 - CHEGADA DOS PORTUGUESES AO BRASIL
«« (Fotos retiradas da Net)
Faz hoje 510 anos que os Portugueses aportaram à Costa Brasileira.
Reza a História:
"No dia 22 de Abril, de modo que não se sabe com certeza se foi acidental ou já premeditado - embora as recentes pesquisas historiográficas demonstrem que os portugueses tinham, no mínimo, alguns fortes indícios de haver terra no outro lado do Atlântico (graças à carta da viagem de Vasco da Gama) -, avistou-se terra chã, com grandes arvoredos: ao monte. Ao grande monte, Cabral baptizou de Monte Pascoal e à terra deu o nome de Ilha de Vera Cruz — posto que não se pensava ser uma terra muito extensa -; depois, descobriu-se ser um continente, denominaram-na Terra de Santa Cruz (hoje Porto Seguro, no Estado brasileiro da Bahia). Aproveitando os alísios, a esquadra bordejou a costa baiana em direcção ao norte, à procura de uma enseada, achada afinal pouco antes do pôr-do-sol do dia 24 de Abril, em local que viria a ser chamado Baía Cabrália. Ali permaneceram até 2 de maio, quando rumaram para as Índias, cumprindo finalmente seu objectivo formal de viagem, deixando dois degredados e dois grumetes que desertaram.
Chegada a Vera Cruz:
No dia 24 de Abril, Cabral recebeu os nativos no seu navio. Então, acompanhado de Sancho de Tovar, Simão de Miranda, Nicolau Coelho, Aires Correia e Pêro Vaz de Caminha, recebeu o grupo de índios que reconheceram de imediato o ouro e a prata que se fazia surgir no navio — nomeadamente um fio de ouro de D. Pedro e um castiçal de prata — o que fez com que os portugueses inicialmente acreditassem que havia muito ouro naquela terra. Entretanto, Caminha, em sua carta,[5] confessa que não sabia dizer se os índios diziam mesmo que ali havia ouro ou se o desejo dos navegantes pelo metal era tão grande que eles não conseguiram entender diferentemente. Posteriormente, provou-se que a segunda alternativa era a verdadeira.
O encontro entre portugueses e índios também está documentado na carta escrita por Caminha. O choque cultural foi evidente. Os indígenas não reconheceram os animais que traziam os navegadores, à excepção de um papagaio que o capitão trazia consigo; ofereceram-lhes comida e vinho, os quais os índios rejeitaram. A curiosidade tocou-lhes pelos objectos não reconhecidos - como umas contas de rosário, e a surpresa dos portugueses pelos objectos reconhecidos - os metais preciosos. Fez-se curioso e absurdo aos portugueses o fato de Cabral ter vestido-se com todas as vestimentas e adornos os quais tinha direito um capitão-mor frente aos índios e estes, por sua vez, terem passado por sua frente sem diferenciá-lo dos demais tripulantes.
Os indígenas começaram a tomar conhecimento da fé dos portugueses ao assistirem a Primeira Missa, rezada por Frei Henrique de Coimbra, em um domingo, 26 de Abril de 1500. Logo depois de realizada a missa, a frota de Cabral rumou para as Índias, seu objectivo final, mas enviou um dos navios de volta a Portugal com a carta de Caminha. No entanto, posteriormente, com a chegada de frotas lusitanas com o objectivo de permanecer no Brasil - e a tentativa de evangelizar os índios de fato -, os portugueses perceberam que a suposta facilidade na cristianização dos indígenas na verdade traduziu-se apenas pela curiosidade destes com os gestos e falas ritualísticos dos europeus, não havendo um real interesse na fé católica, o que forçou os missionários a repensarem seus métodos de conquista espiritual".
BRASIL E PORTUGAL, HOJE:
Podemos dizer que ambos os países vivem numa sã e fraterna harmonia. Portugueses e Brasileiros no Brasil ou em Portugal dedicam-se plenamente ao trabalho e convivem sem olharem ao sotaque linguístico ou às suas origens.
Ambos os países estão deveras empenhados no bem da humanidade, procurando cada qual, de um e do outro lado do Atlântico, pelo trabalho, consolidar um lugar de destaque no Mundo.
Sem comentários:
Enviar um comentário
O seu comentário é sempre bem vindo, desde que o seu conteúdo possa enriquecer os nossos conhecimentos.